Morreu caminhoneiro João Alberto Schmidt

Fotos: Arquivo Pessoal

Nascido e criado em Santa Maria, João Alberto Schmidt, 70 anos, batalhava muito para dar uma boa vida à família. Pai de Luciana, 46, Juliana, 43, Michele, 40, e João Vitor Schmidt, 38, o idoso também era avô de Pedro e Daniel, 19, Otávio, 17, e Vitor, 11, e bisavó de Yasmin Salen Peransoni, 2. Durante a vida, Schmidt foi caminhoneiro. Por alguns anos ele também trabalhou como motorista de ônibus e, conforme a família, era completamente apaixonado pela profissão.

Schmidt prezava muito a união entre os parentes e adorava estar com os filhos. Ele não tinha por hábito expressar os sentimentos com palavras, mas com atitudes e gestos.

- O pai passava nos ligando para saber como estávamos. Ele não passava um dia sem fazer contato com todos os filhos e netos. Os quatro meninos eram os xodós dele - recorda a filha Juliana.

O caminhoneiro costumava conversar e aconselhar bastante os netos. Há nove anos, ele morava em Cachoeira do Sul com a filha Michele. Os dois mantinham um estabelecimento na cidade e, como já estava aposentado, Schmidt se mudou para a Capital do Arroz para ficar com a filha. Os dois gostavam de almoçar juntos e mantinham o hábito da conversa durante as refeições.

Muito ativo, o caminhoneiro gostava de tudo no lugar e não media esforços para que todos os móveis da casa estivessem em bom estado. Segundo a família, Schmidt também era bem organizado com as tarefas do dia.

Por 47 anos, ele foi casado com a aposentada Maria Lucia Bastos Schmidt, 69. Os dois se conheceram em um baile da Igreja Nossa Senhora Medianeira e se encantaram à primeira vista. Desde então, eles não se separam mais. Companheiros, eles se davam muito bem.

Ainda de acordo a família, Schmidt também era muito solidário com as pessoas que conviviam com ele.

- A nossa ficha ainda não caiu. O pai nos deixou muitas saudades. Ele tinha uma personalidade bem forte e fazia amigos como ninguém. No tempo livre dele, era difícil encontrá-lo em casa, já que estava sempre conversando com os amigos - emociona-se Juliana.

Descrito como um homem de caráter e muito honesto, Schmidt alegrava os ambientes por onde ele passava. Com uma firmeza para conversar e muito trabalhador, o caminhoneiro tinha sempre um palavra amiga nas horas mais difíceis.

- Além dos elogios que ele nos passava, seu João estava sempre disposto e não tinha tempo ruim, já que ele sempre tentava melhorar de vida e ajudar quem precisasse. Era alguém que batalhava pela família e um amigo muito fiel - diz com carinho a amiga da família Nina Rodrigues, 45 anos.

Foi ela quem ajudou a cuidar do idoso e dividia os turnos de acompanhamento com os filhos de Schmidt durante o tratamento dele contra o câncer de estomago. O caminhoneiro era católico, mas foi na doutrina espírita que ele encontrou forças para lutar contra a doença. Em todas as noites, ele rezava o evangelho na companhia dos filhos.

Schmidt optou por não ficar internado em nenhum hospital já que estava debilitado e sentia tonturas e náuseas. No fim da vida dele, os médicos o liberaram para se alimentar do que tivesse vontade. O idoso faleceu em 12 de maio e foi sepultado no mesmo dia, às 17h30min, no Cemitério Santa Rita, em Santa Maria.

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As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para natalia.zuliani@diariosm.com.br ou pelo telefone (55) 3213-7122